Résumé Cet article est la traduction de la seconde partie de l’essai : «Il mostro politico. Nuda vita e potenza», publié dans Desiderio del mostro. Dal circo al laboratorio alla politica, U. Fadini, A. Negri, C. T. Wolfe (dir.), Rome, Manifestolibri, 2001. Dans ce texte l’auteur développe sa critique du concept de «vie nue» de Giorgio Agamben. Si l’on accepte, en effet, la rhétorique de la vie nue, on est forcement prisonnier d’une vision hobbesienne du monde. Au contraire, l’ontologie (...) spinoziste de la puissance ( potentia ) montre le caractère monstrueux de la multitude, sa force collective, sa productivité, qui se donne seulement dans et par la résistance à l’Empire. (shrink)

Tomando como ponto de partida a noção de “psicologia das multidões”, desenvolvida inicialmente por Gustave Le Bon (1841-1931), este trabalho procura refletir, num sentido amplo, sobre a dinâmica entre a política e as relações intersubjetivas, afetivas e imaginárias da vida coletiva. Além disso, buscamos estabelecer o confronto entre dois filósofos pós-marxistas contemporâneos, Antonio Negri e Ernesto Laclau, os quais, afastando-se da perspectiva de Le Bon, fazem leituras distintas das noções de povo, massa e multidão, propondo, cada qual a seu (...) modo, estratégias diferentes de atuação política, sem desconsiderar a dinâmica dos afetos que estruturam a vida social e política na atual fase do capitalismo. Frente a estas perspectivas, pretendemos mostrar que o conceito de multidão, de Le Bon, bem como as técnicas de propaganda e manipulação de massa por ele indicada, é uma ferramenta útil para compreender os fenômenos políticos contemporâneos, como é o caso do neofascismo, que surge em meio à crise da democracia representativa. (shrink)

Este articulo realiza un recorrido por algunos textos de Toni Negri con el fin de ofrecer, a pesar de los desplazamientos conceptuales presentes en su obra, una visión de continuidad. Desde Dominio e Sabottaggio hasta los más recientes Imperio, Multitud y Commonwealth se rastrea en su obra un mismo propósito: a saber, imaginar una forma organizativa que pueda dar cuenta de las fuerzas del trabajo vivo, así como la definición de una nueva gramática política capaz de hacer frente a (...) los desafíos del mundo contemporáneo. Este recorrido se traza aquí a través del análisis de las nociónes de violencia y de amor como hilos conductores que atestiguan el persistente intento negriano de volver una y otra vez a iluminar el nudo problemático entre subjetividades diversas, afectos y la construcción de lo político. (shrink)

O artigo tem por objetivo aprofundar uma abordagem da noção de soberania, segundo análise de obras de Maquiavel estabelecida por Antonio Negri. O autor defende que a soberania para Maquiavel corresponde à sobredeterminação da ação do governante -seja no principado, seja na república- em face das limitações e oposições impostas pelos adversários e pela própria fortuna. Buscamos, assim, entender as características dessa acepção de soberania uma vez que o conceito é definido com exatidão por Jean Bodin, quase meio século (...) após a publicação dos textos maquiavelismos. Para observar essa abordagem, digamos, heterodoxa, da soberania será preciso nos concentraremos na sua tese da relação entre ontologia política e movimento. Para Negri, o movimento é o princípio definidor da política e na obra de Maquiavel se encontra uma concepção de ontologia política produzida e pensada da própria ação do governante no tempo e da qual o movimento é constitutivo e indiscernível. Observaremos como se desenvolve a análise do conflito no caso de cidades como Roma e Florença. Como conclusão pretendemos observar que limites a interpretação das Istorie Fiorentine apresenta à tese negriana da soberania democrática em Maquiavel. (shrink)

Comment ne pas désespérer? Comment maximiser notre capacité d'agir et de penser? Comment défaire tous les efforts et les dispositifs qui visent à séparer la multitude de sa puissance?00L'urgence de ces questions traverse l'oeuvre d'Antonio Negri depuis ses commencements dans les années 1960 et 1970, alors qu'un mouvement d'insurrection ouvrière soulevait l'Italie jusqu'à ses plus récents développements avec l'altermondialisation et l'émergence dans l'espace public des questions écologiques. À travers différents ouvrages devenus des classiques de la théorie politique notamment La (...) Classe ouvrière contre l'État, Marx au-delà de Marx, L'Anomalie sauvage, Le Pouvoir constituant, mais aussi, en collaboration avec Michael Hardt, Empire, Multitude, Commonwealth et Assembly--, Antonio Negri a proposé l'une des contributions les plus marquantes à la pensée critique contemporaine. À l'heure de la contre-révolution néolibérale et du renouvellement des modalités de l'exploitation, il s'agit pour lui de prendre acte de la péremption des formes anciennes de la lutte des classes et de contribuer à l'ouverture d'un nouvel horizon révolutionnaire, à hauteur des enjeux du temps présent."--Back cover. (shrink)

Entrevista concedida por Antonio Negri a Homero Santiago e Mario Marino por ocasião do lançamento da segunda edição da tradução brasileira de A anomalia selvagem: poder e potência em Espinosa.

RESUMO O artigo reconstrói a discussão acerca da biopolítica nos pensamentos de Foucault e de Negri e Hardt, a fim de ressaltar a importância que pode adquirir, nesse contexto, a noção de agonística. De início, abordamos de maneira introdutória os conceitos de biopolítica e governamentalidade em Foucault, bem como sua relação com o liberalismo e o neoliberalismo. Também examinamos as ambiguidades que marcam as práticas de liberdade e as possibilidades de resistência em um mundo governado pelo biopoder. Em seguida, (...) explicitamos o sentido dos conceitos de capitalismo cognitivo, Império e multidão nos trabalhos de Negri e Hardt. Nesse ponto, procuramos preencher uma lacuna de suas análises, que não se encontra em Foucault, relativa à questão da agonística: a disposição para a luta da multidão se intensifica à medida que se percebe que a própria vida é agon. Por fim, argumentamos que, em princípio, é possível, no ambiente de trabalho neoliberal, converter processos de empresariamento-de-si em microexperimentos de resistência e liberdade não alienada. (shrink)

While Agamben and Foucault see politics as the modern danger, Negri sees its emancipatory sense. The biopolitics as well will be thought of as the bearer of a new emancipatory subjectivity called multitude.

Este artigo aponta as mudanças de paradigmas que revelam a crise da soberania, conceito central de toda a estrutura teórica e política da modernidade, que tem origem e se sustenta na ideia do poder como fenômeno que transcende a realidade objetiva dos homens. A crise da soberania coloca em evidência o poder como potência que se manifesta através das relações de forças no campo social. É essa mudança de perspectiva que atribui ao poder concretude histórica. E é nela que se (...) assenta o pensamento de alguns autores como Arendt, Foucault e Negri. (shrink)

El siguiente texto intenta abordar la relación existente entre los procesos de globalización-mundialización y ciertas concepciones de historia que le son solidarias. Para lo anterior apela a las reflexiones realizadas por Marc Abélès en Política de la supervivencia y Michael Hardt y Antonio Negri en Imperio. En ambos análisis se puede percibir la importancia que tiene la historia como soporte de los procesos globales que entremezclan lo político, lo económico y lo cultural, procesos que parecen avanzar, según el curso (...) de la historia, y que permiten además dar referencia de sentido a los sujetos en sus procesos identitarios y de individuación. The following text tries to approach the relation between the globalization-mondialisation process and certain conceptions of history witch are solidary with them. For the previous thing, it appeals to the reflections realized by Marc Abélès in Politics of the survival and Michael Hardt and Antonio Negri in Empire. In both analyses it is possible to perceive the importance that takes the history as a support of the global processes that intermingle the politics, the economy and culture, processes that seem to advance according to the course that history has, and they allow to give in addition reference of sense to the subjects in his processes of identity and of individuation. (shrink)

El siguiente texto intenta abordar la relación existente entre los procesos de globalización-mundialización y ciertas concepciones de historia que le son solidarias. Para lo anterior apela a las reflexiones realizadas por Marc Abélès en Política de la supervivencia y Michael Hardt y Antonio Negri en Imperio. En ambos análisis se puede percibir la importancia que tiene la historia como soporte de los procesos globales que entremezclan lo político, lo económico y lo cultural, procesos que parecen avanzar, según el curso (...) de la historia, y que permiten además dar referencia de sentido a los sujetos en sus procesos identitarios y de individuación. The following text tries to approach the relation between the globalization-mondialisation process and certain conceptions of history witch are solidary with them. For the previous thing, it appeals to the reflections realized by Marc Abélès in Politics of the survival and Michael Hardt and Antonio Negri in Empire. In both analyses it is possible to perceive the importance that takes the history as a support of the global processes that intermingle the politics, the economy and culture, processes that seem to advance according to the course that history has, and they allow to give in addition reference of sense to the subjects in his processes of identity and of individuation. (shrink)

Nos textos aqui reunidos, o professor de filosofia da USP Homero Santiago explora um campo situado entre servidão e liberdade. A partir da pergunta de Espinosa retomada por Deleuze e Guattari - por que lutamos por nossa servidão como se lutássemos por nossa liberdade? -, o livro compreende servidão e liberdade como essencialmente correlativos e avessos a qualquer sentido absoluto: servidão remete a impotência, liberdade remete a potência; ora uma predomina, ora outra. Aqui aparece o problema ético fundamental: como passar (...) de uma situação de predomínio da primeira para o predomínio da segunda? Um cartão-postal de Nietzsche é mote para ressaltar e analisar alguns aspectos do espinosismo que, embora longe de serem inéditos, servem para desacreditar a compreensão e, sobretudo, a louca pretensão de um enfrentamento intelectualista da servidão. Esta não se combate só pelo saber, está enraizada em nosso próprio ser: aquilo mesmo que pode nos tornar livres é capaz de nos fazer servos e vice-versa. Em meio a Espinosa, Nietzsche e Antonio Negri, o livro trata do problema do possível, delimitando seu lugar no interior de um determinismo radical (o espinosano) e tateando suas implicações. O possível, como uma espécie de perspectiva que torna factível o trânsito entre servidão e liberdade, descortinando, assim, o campo próprio da ação humana, especialmente a política. A partir de temas recorrentes em nossa realidade social e na situação brasileira recente - a polícia e seu pendor à violenta obediência abstrata, o papel do Estado, o dinheiro e a liberdade - o apelo às experiências tem a função de alargar as possibilidades de se pensar e aplicar os conceitos de servidão e liberdade."--Publisher's website. (shrink)

Past research has identified a number of asymmetries based on moral judgments. Beliefs about what a person values, whether a person is happy, whether a person has shown weakness of will, and whether a person deserves praise or blame seem to depend critically on whether participants themselves find the agent's behavior to be morally good or bad. To date, however, the origins of these asymmetries remain unknown. The present studies examine whether beliefs about an agent's “true self” explain these observed (...) asymmetries based on moral judgment. Using the identical materials from previous studies in this area, a series of five experiments indicate that people show a general tendency to conclude that deep inside every individual there is a “true self” calling him or her to behave in ways that are morally virtuous. In turn, this belief causes people to hold different intuitions about what the agent values, whether the agent is happy, whether he or she has shown weakness of will, and whether he or she deserves praise or blame. These results not only help to answer important questions about how people attribute various mental states to others; they also contribute to important theoretical debates regarding how moral values may shape our beliefs about phenomena that, on the surface, appear to be decidedly non-moral in nature. (shrink)

ABSTRACTAt present, the consequences and functions of experiences of shame are not yet well understood. Whereas psychology literature typically portrays shame as being bad for social relations, motivating social avoidance and withdrawal, there are recent indications that shame can be reinterpreted as having clear social tendencies in the form of motivating approach and social affiliation. Yet, until now, no research has ever put these alternative interpretations of shame-motivated behaviours directly to the test. The present paper presents such a test by (...) studying the extent to which shame motivates a preference for social withdrawal versus a preference for social approach. Two studies using different shame inductions both showed people experiencing shame to prefer to be together with others over being alone. In addition, the preference for a social situation was found to be unique for shame; it was not found for the closely related emotion of gui... (shrink)

The majority of Dutch physicians feel pressure when dealing with a request for euthanasia or physician-assisted suicide. This study aimed to explore the content of this pressure as experienced by general practitioners. We conducted semistructured in-depth interviews with 15 Dutch GPs, focusing on actual cases. The interviews were transcribed and analysed with use of the framework method. Six categories of pressure GPs experienced in dealing with EAS requests were revealed: emotional blackmail, control and direction by others, doubts about fulfilling the (...) criteria, counterpressure by patient’s relatives, time pressure around referred patients and organisational pressure. We conclude that the pressure can be attributable to the patient–physician relationship and/or the relationship between the physician and the patient’s relative, the inherent complexity of the decision itself and the circumstances under which the decision has to be made. To prevent physicians to cross their personal boundaries in dealing with EAS request all these different sources of pressure will have to be taken into account. (shrink)